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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Zeiss, Nikon e Canon: qual a melhor objectiva?

fama da Carl Zeiss, que vem de trás e a "vox populi" sempre jura ser verdade, podem não corresponder à realidade. Se é assim, qual é a melhor marca do mercado, quando se sabe que muitos dos que dizem ser a Carl Zeiss só dizem por ter ouvido dizer? Em quem devemos acreditar a partir de agora?
Afinal, quem faz as melhores objectivas? Se olharmos para o quadro comparativo que a DxO publicou no seu website, a Canon tem a melhor objectiva quando se trata da 50mm f/1.4. É verdade, a objectiva EF 50mm f/1.4 USM da Canon sai do teste da DxO com uma pontuação final de 54 contra 45 da Nikon AF Nikkor 50mm f/1.4D e somente 39 da Carl Zeiss Planar T50 f/1.4 ZF2 para a Nikon.
Eu sei que este comparativo meu é algo forçado, mas não é possível comparar a versão da Carl Zeiss de 50mm para Canon, por o modelo não existir no banco de dados da DxO. E, de qualquer modo, a objectiva é idêntica nas versões para Nikon e Canon, pelo que não deve ser muito diferente o resultado. O que este comparativo mostra à saciedade é que o mito da supremacia das Carl Zeiss é uma parábola do mercado, se atentarmos exclusivamente aos dados da DxO.
É muito importante salientar este ponto, e espero que o leitor me acompanhe até aqui. Se ollharmos somente para os números, a Carl Zeiss é, efectivamente, batida pela Canon e Nikon. E ante estes dados torna-se difícil pensar nas razões para pagar duas vezes ou mesmo mais para ter uma óptica Carl Zeiss. Neste caso estamos a falar numa diferença importante, de 385 dólares para a Canon para 725 dólares para a Carl Zeiss.
triozeissquadro1Uma análise de todos os dados do teste sugere que efectivamente a oferta da Zeiss é deixada para trás em todas as frentes, quando em uso com corpos FF (Full Frame) e mesmo quando se passa para sensores APS-C. E explorando ainda mais a tabela interactiva de objectivas da DxO descobre-se que essa relação de valores é mantida de forma quase constante em diferentes objectivas comparáveis.
Esta "descoberta" da DxO, que parece passar despercebida a muitos, deve obrigar-nos a reflectir sobre a "verdade" de muita coisa que se diz em fotografia - como a ideia de que o RAW é sempre melhor do que o JPEG - e olhar com algum grão de sal, quer para todos os testes de laboratório que nos são servidos, quer para as afirmações que se vão fazendo aqui e ali, no que respeita a qualidade objectiva de diferentes sistemas ópticos. E o resto.
Os testes da DxO não contam, afinal, toda a história, pelo que há que olhar para resultados fora da banca de ensaios. Porque se a fotografia fosse unicamente números e testes, seríamos todos grandes matemáticos, e eu pela parte que me toca nunca me dei bem com os números. Mas sei, quando olho para uma foto, se a objectiva me deu o que eu esperava ou não.  As objectivas da Carl Zeiss  são, para alguns, mais do que um simples acessório fotográfico, são um pouco como escolher um carro com pedigree em vez do utilitário familiar. Mesmo que os dois tenham rodas e levem gente dentro.
E em termos da fotografia real, fora das tabelas milimétricas, há quem jure pela Carl Zeiss em termos do resultado comparável, a olho nu, quando se trata do tratamento de zonas focadas e desfocadas e todas aquelas pequenas coisas que nos fazem gostar da fotografia. Mesmo se a comparação parece forçada, é como no preto e branco alguém preferir o grão do Ilford HP5 ao do Kodak TriX. Ou a mesma razão que leva alguns a preferirem o bife bem passado e outros mal passado.
Eu sei que pagar o que a Carl Zeiss pede pelos "bifes" pode ser um excesso para alguns - para mim definitivamente é - mas há que afirme que a refeição é divinal. O que acaba por ficar no outro extremo do que estes testes da DxO parecem indicar. Uma assinetria a sugerir que provavelmente a virtude está mesmo no meio. Portanto, em vez de perder horas infindas a comparar objectivas, para saber se a sua é melhor do que a Carl Zeiss que todos apontam como referencial, saia para a rua e fotografe. Com o que tem. E sim, se quer saber, os testes da Carl Zeiss sugerem que efectivamente até a minha velha 50mm f/1.8 II da Canon, que custa 100 dólares, é melhor do que a Carl Zeiss Planar T50 f/1.4 que custa 725 dólares. Posso não acreditar no que li, mas não consigo deixar de ficar feliz, em alguns momentos, e querer acreditar que é verdade. De qualquer modo, essa é a minha realidade.
Uma nota de rodapé: os testes da DxO têm sido, diversas vezes, postos em causa, por o método não reflectir toda a realidade do exercício fotográfico. E na verdade, até a própria DxO costuma indicar nas suas páginas que os testes que apresenta se referem a conjuntos de objectivas e câmaras analisados em condições especiais, e que actualmente todo o conjunto, sensor, aparelho e objectiva pode apresentar variações consoante os exemplares testados. Apesar de tudo isso, o esforço de criação de uma base de informação que permite alguma espécie de comparação é louvável. Mas, como já escrevi, a interpretar sempre com algum sal.

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