Todos sabemos que a fotografia de destinos turísticos é... uma adaptação da realidade. Raramente o que as fotos mostram está lá. Ou está, mas com elementos que foram cuidadosamente mantidos fora do enquadramento. Eu pecador me confesso, cheguei a ter de fazer fotos assim para brochuras de turismo. Fotografar de dentro do roupeiro com um grande-angular para dar uma perspectiva de espaço num quarto onde duas pessoas só se fossem íntimas podiam estar ao mesmo tempo. Pois...
Pela boca morre o peixe e uma vez andei horas na Serra de Aire e Candeeiros em busca de uma lagoa que o fotógrafo Maurício Abreu fotografara, para descobrir, após horas de sobe e desce e consulta de mapas, que a "lagoa" era uma poça de água junto de uma estrada... e que no Inverno, com o sol Poente a descer no horizonte, ficava com um ar mais imponente, com auxílio de uma extrema grande-angular e um ângulo baixo para o registo. Ah, pois, o que eu ainda hoje me rio da história.
É menos divertido se, algumas centenas de euros mais tarde, formos de férias para um destino turístico contratado pela Internet ou através de uma brochura da agência de viagens, e chegados lá verificarmos que nada é como nos disseram. É por isso que a Oyster.com se decidiu a descobrir o que é diferente entre as fotos de brochuras de hotéis e a realidade.
A Oyster envia colaboradores seus para registarem fotos nos locais, procurando os mesmos ângulos das fotos dos folhetos, ou outras que revelam o que os folhetos não quiseram mostrar. O resultado é uma experiência sobre a mentira em fotografia e aqui nem sequer se trata de muito uso do Photoshop. Se quer saber mais e ver a colecção de surpreendentes fotos da Oyster visite este endereço.
E agora que já sabe, marque cuidadosamente as suas férias.
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